[O dramaturgo espanhol Lope de Vega é um dos grandes autores do teatro universal. Depois de uma vida dissoluta, aos 48 anos entrou para a irmandade dos Escravos do Santíssimo Sacramento, em Madrid, época em escreveu a peça Lo fingido vedadero (“O fingido sincero”), publicada em 1620. Era uma tragicomédia sobre a vida e o martírio de São Genésio, que foi ator cômico na corte do imperador Diocleciano, que reinou entre 284 e 305 depois de Cristo, e é célebre pela perseguição que moveu contra os cristãos. Corrado Gnerre conta a seguir como foi a conversão do ator Genésio].
Pouca gente sabe o que realmente aconteceu com São Genésio.
Genésio era pagão e trabalhava como ator. Um dia, diante do imperador Diocleciano, ele teve que simular o batismo cristão para dele zombar. Os comediantes convidaram um padre de verdade, obviamente sem lhe dizer que era tudo encenação e zombaria.
Mas Deus é ainda mais esperto. Vejam o que aconteceu. Assim que viu o sacerdote, Genésio foi conquistado por um desejo incontrolável de realmente receber o batismo. E então ele foi batizado não de brincadeira, mas de verdade.
Imediatamente depois, Genésio se aproximou do imperador e corajosamente se declarou cristão, acrescentando ainda que, ao receber o batismo, tinha visto anjos que, com água, lavavam a sua alma dos pecados, tornando-a branca como a neve.
O imperador Diocleciano ficou furioso e decidiu decapitá-lo.
Come Dio è più furbo dei cattivi
Republicou isso em Leveza e Esperançae comentado:
Mais um post do professor J. C. Zamboni que merece ser lido e guardado.
CurtirCurtir