A entrevista com o bispo Dom Adair Guimarães, anteontem à noite (20 de maio) na TV Canção Nova, foi muito boa. Dom Adair nasceu em 1960 na cidade goiana de Amaro Leite, que logo depois adotaria o poético nome de Mara Rosa, pouco usual em topônimos. Ordenou-se padre em 1986, aos 26 anos, e esteve à frente da paróquia de Uruaçu (Goiás) por vinte anos, até 2008, quando Papa Bento nomeou-o bispo de Rubiataba-Mozarlândia (também em Goiás). Em 2019 foi comandar a diocese de Formosa (sempre em seu Goiás natal).

Dom Adair é um sertanejo sem as afetações do homem cosmopolita. Euclides da Cunha dizia que o sertanejo é, antes de tudo, um forte. Esse bispo é um homem de muita fé e muita coragem, duas coisas de que a Igreja muito necessita hoje em dia.

Os sectários da teologia da libertação, em especial seus colegas de episcopado que simpatizam com o esquerdismo lulista, devem estar com a pulga atrás da orelha com o santo verbo desse bispo que, inteligentemente, sabe dizer as verdades mais incômodas sem dar margem a enquadramentos legais.

Quando a gente pensa que a Igreja está definhando, eis que renasce onde menos se espera: no Brasil profundo. “Pode vir coisa boa de Nazaré?”, perguntavam os incrédulos. E foi daquele oco-de-mundo de Nazaré que veio o Único Necessário.

“É maravilhoso ver como floresce na Polônia o que está desaparecendo na Alemanha”, disse o Papa Bento XVI em carta enviada, no último dia 7 de maio, a um seminário menor da Polônia, na Arquidiocese de Czestochowa.

Os vídeos, com as homilias de Dom Adair, já se espalham pela internet e ganham, a cada dia, milhares de novos ouvidos cristãos. É maravilhoso ver como a verdadeira fé católica floresce na pobre diocese de Formosa, capitaneada por esse bispo que é um autêntico discípulo do rude e corajoso Apóstolo Paulo, sertanejo também ele, a seu modo, daqueles ínvios sertões dos judeus e dos gentios.

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