Jesus não veio para destruir o templo, mas para levá-lo à perfeição (ver Mateus 5:17) e revelar seu verdadeiro propósito no plano divino de salvação.
Ele é o Senhor que os profetas disseram que viria para purificar o templo, expulsar os mercadores e transformá-lo em casa de oração para todos os povos (ver Zacarias 14:21; Malaquias 3: 1-5; Isaías 56: 7).
O Deus que fez os céus e a terra, que tirou Israel da escravidão, não habita em santuários feitos por mãos humanas (ver Atos 7:48; 2 Samuel 7: 5), nem necessita de ofertas de bois, ovelhas ou pombas (ver Salmos 50: 7-13).
Observe-se, na primeira leitura de hoje, que no início Deus não ordenou o sacrifício de animais, mas somente que Israel obedecesse a Seus mandamentos (ver Jeremias 7: 21-23; Amós 5:25).
Sua lei foi uma dádiva da sabedoria divina, conforme cantamos no Salmo de hoje. Era uma lei de amor (ver Mateus 22: 36-40), perfeitamente expressa no auto-oferecimento de Cristo na cruz (ver João 15:13).
Este é o “sinal” que Jesus oferece no Evangelho hoje (sinal que fez os líderes judeus tropeçarem, como Paulo nos diz na Epístola).
O corpo de Jesus — destruído na cruz e ressuscitado três dias depois — é o novo e verdadeiro santuário. Do templo do Seu corpo fluem rios de água viva e o Espírito da graça que faz de cada um de nós um templo (veja 1 Coríntios 3:16), e de todos nós, reunidos, um edifício que se torna habitação de Deus (veja Efésios 2:22).
Na Eucaristia, participamos da oferta de Seu corpo e sangue. Este é o culto que o Pai deseja, realizado no Espírito e na verdade (ver João 4: 23-24).
O que devemos oferecer, como sacrifício, é o nosso louvor (ver Salmos 50:14, 23). Isso significa imitar a Cristo, em todas as circunstâncias, oferecendo sempre nossos corpos, nossas intenções e nossas ações por amor a Deus e por amor ao próximo (ver Hebreus 10: 5-7; Romanos 12: 1; 1 Pedro 2: 5).
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