O que é anunciado a Maria, no Evangelho de hoje, é a revelação de tudo o que os profetas já tinham dito. Como Paulo declara na Epístola de hoje, é o mistério mantido em segredo desde antes da fundação do mundo (ver Efésios 1: 9; 3: 3-9).
Maria é a virgem que, segundo a profecia, daria à luz um filho da casa de Davi (ver Isaías 7: 13-14). E quase todas as palavras que o anjo disse a ela, no Evangelho de hoje, evoca e ecoa a longa história da salvação registrada na Bíblia.
Maria é saudada como a “filha de Jerusalém”, chamada a regozijar-se com o fato de seu rei, o Senhor Deus, ter vindo para o meio de seu povo como um poderoso salvador (ver Sofonias 3: 14-17).
Aquele a quem Maria deve gerar será Filho do Altíssimo – um antigo título divino usado, pela primeira vez, para descrever o Deus do rei-sacerdote Melquisedeque, que trouxe pão e vinho para abençoar Abraão no alvorecer da história da salvação (ver Gênesis 14: 18-19).
[O Filho de Maria] vai cumprir a aliança que Deus faz com Seu eleito Davi, na Primeira Leitura de hoje. Conforme cantamos no Salmo de hoje, Ele reinará para sempre como o mais poderoso dos reis da terra e chamará Deus de Seu Pai. Como Daniel viu o Altíssimo conceder poder eterno ao Filho do Homem (ver Daniel 4:14; 7:14), Seu reino não terá fim.
Ele governará a casa de Jacó – o título que Deus usou ao fazer Sua aliança com Israel no Sinai (ver Êxodo 19: 3), e novamente usado na promessa de que todas as nações adorariam o Deus de Jacó (ver Isaías 2: 1-5).
Jesus foi dado a conhecer, Paulo diz hoje, para trazer todas as nações à obediência da fé. Somos chamados com Maria, hoje, para nos maravilharmos com tudo o que o Senhor tem feito, através dos tempos, para a nossa salvação. E nós também devemos responder a este anúncio com humilde obediência: que a Sua vontade seja feita, que nossas vidas sejam vividas de acordo com a Sua palavra.
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