O novo ano da Igreja começa pedindo a visita de Deus. “Ah, se rompesses os céus e descesses”, exclama o profeta Isaías na Primeira Leitura de hoje.
No Salmo de hoje, também ouvimos a voz angustiada de Israel, implorando a Deus que olhe para baixo de Seu trono celestial, e venha salvar e pastorear Seu povo.
As leituras deste domingo são relativamente breves. Sua linguagem e “mensagem” são aparentemente simples. Mas devemos estar atentos ao estado de espírito sério e ao aspecto penitencial da Liturgia de hoje, que nos revela como o povo de Israel reconhece sua pecaminosidade, suas falhas em guardar a aliança de Deus, sua incapacidade de salvar a si mesmo.
Neste tempo de Advento, devemos ver como nossas próprias vidas se assemelham à experiência de Israel. Ao examinarmos nossas consciências, quantas vezes não descobrimos como endurecemos nossos corações, recusamos Seus mandamentos, nos desviamos de Seus caminhos, recusamos a Ele nosso amor?
Deus é fiel: é o que Paulo nos lembra, na epístola de hoje. Ele é nosso pai. Atendeu ao clamor de Seus filhos, e desceu dos céus por amor de Israel e por todos nós, para nos redimir de nosso exílio de Deus e nos restaurar em Seu amor.
Em Jesus, vimos o Pai (ver João 14: 8–9). O Pai deixou que Seu rosto resplandecesse sobre nós. Ele é o bom pastor (ver João 10: 11–15) que veio para nos conduzir ao reino celestial. Não importa o quanto tenhamos nos desviado: Ele nos dará uma nova vida se nos voltarmos para Ele, se invocarmos Seu santo nome, se nos comprometermos novamente a nunca mais Dele nos afastarmos.
Como Paulo diz, na segunda leitura de hoje, Ele nos deu todos os dons espirituais — especialmente a Eucaristia e a penitência — para nos fortalecer enquanto aguardamos a vinda final de Cristo. Sse permitirmos, Ele nos manterá firmes até o fim.
Portanto, neste período de arrependimento, devemos dar atenção à advertência — repetida três vezes por Jesus, no Evangelho de hoje — de estar vigilantes, pois não sabemos a hora em que o Senhor da casa retornará.
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