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O jornal católico on-line espanhol Infovaticana publicou recentemente, no dia 18 de janeito, um artigo de um não-católico, Kirk Durnston, resenhando longamente a obra Sexo e cultura, de 1934, do etnólogo e antropólogo social inglês Joseph Daniel Unwin (1895–1936), que ensinou em Oxford e Cambridge.

 Unwin teve sua carreira acadêmica interrompida muito cedo — morreu com pouco mais de quarenta anos —, mas em sua obra Sexo e cultura contribuiu de maneira inestimável para a compreensão de um problema que hoje, mais que nunca, inquieta a parte mais responsável do mundo: o conhecimento dos limites da sexualidade humana. Na obra mencionada, J. D. Unwin estudou várias dezenas de tribos primitivas e as civilizações mais conhecidas da história, para chegar à conclusão irrefutável de que existe um estreito vínculo entre exuberância cultural e limitação dos hábitos sexuais.

A seguir, algumas de suas descobertas mais significativas, sintetizadas por Kirk Durnston:

“Efeitos da restrição sexual. Altos graus de restrição sexual, pré-nupcial ou pós-nupcial, sempre levam a um florescimento cultural. Por outro lado, a liberdade sexual leva ao colapso da cultura dentro de três gerações.

O fator único mais influente. Surpreendentemente, os dados revelaram que o único fator que tem uma correlação direta importante com o desenvolvimento cultural é a existência ou não de castidade pré-nupcial. Nos dois casos, o efeito é muito significativo.

Alto desenvolvimento cultural. A combinação mais poderosa era a formada por castidade pré-nupcial e monogamia absoluta. As culturas racionalistas que mantiveram essa combinação pelo período de, pelo menos, três gerações, foram claramente superiores ao restante em tudo, incluindo literatura, arte, ciência, arquitetura, engenharia e agricultura. Apenas três das oitenta e seis culturas estudadas atingiram esse nível de desenvolvimento.

Efeitos adversos do abandono da castidade pré-nupcia. Quando a castidade pré-nupcial não era a norma, também desapareciam, dentro de três gerações, a monogamia absoluta, o deísmo e o pensamento racional.

Liberdade sexual total. Se uma cultura aceita a liberdade sexual total, entra em colapso dentro de três gerações, atingindo seu nível mais baixo de desenvolvimento – o que Unwin define como “inerte” e “nível de concepção mortal”, que se caracteriza por pessoas que têm pouco interesse em algo além de suas próprias necessidades e desejos. Nesse nível, a cultura é conquistada ou sucumbe a outra cultura invasora, dotada de maior energia social.

Intervalo de tempo. Se há uma mudança nas restrições sexuais, seja de um ponto de vista restritivo ou permissivo, seus efeitos não serão visíveis até a terceira geração.”

https://www.kirkdurston.com/blog/unwin

https://infovaticana.com/2020/01/18/por-que-la-moral-sexual-podria-ser-mas-importante-de-lo-que-creias/