Carpaccio-Fuga para o Egito

Subjacente à sabedoria oferecida pela Liturgia de hoje, está o mistério da família no plano divino de Deus.

“Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe”: é o que ouvimos na Primeira Leitura. Como cantamos no Salmo, as bênçãos da família derramam-se de Sião, a mãe celestial do nobre povo de Deus (Isaías 66, 7, 10-13; Gálatas 4, 26).

E, no drama do Evangelho de hoje, vemos o núcleo do novo povo de Deus — a Sagrada Família — enfrentando a perseguição daqueles que procuram destruir a criança e o Seu Reino.

Assim como Deus, no início, levou a família de Jacó ao Egito para fazer dela a grande nação de Israel (Gênesis 46, 2-4), Deus conduziu a Sagrada Família ao Egito para preparar a vinda do novo Israel de Deus, que é a Igreja (Gálatas 6, 16).

No começo do mundo, Deus fundamentou a família no “casamento” de Adão e Eva, com os dois se tornando um só corpo (Gênesis 2, 22-24). Agora, na nova criação, Cristo se tornou “um só corpo” com Sua noiva, a Igreja, como indica a Epístola de hoje (Efésios 5, 21-32).

Por essa união, nos tornamos os eleitos de Deus: santos e amados. E nossas famílias devem irradiar esse amor perfeito que nos liga a Cristo através da Igreja.

Ao nos aproximarmos do altar, na festa deste domingo, renovemos o compromisso com os deveres que Deus nos deu como esposos, filhos e pais. Atentos às promessas da Primeira Leitura, ofereçamos o dócil cumprimento desses deveres pela expiação de nossos pecados.

https://stpaulcenter.com/audio/sunday-bible-reflections/saving-family-scott-hahn-reflects-on-the-feast-of-the-holy-family/