Segundo Padre Danziec, em sua coluna no jornal francês Valeurs actuelles, cada fundamentalismo depende da doutrina à qual é fiel. Citou a propósito um humorista francês, Gaspard Proust, que disse certa vez: “Um cristão fundamentalista, que aplica literalmente o Novo Testamento, é um cara que começa a abraçar todo mundo na rua”.
O mesmo, evidentemente, não é válido para um fundamentalista islâmico. “Para se convencer disto”, disse o padre, “basta olhar os números com mais atenção, pois eles não mentem. Acima de tudo, eles permitem — a quem aceita interpretá-los de boa fé — tirar conclusões poderosas. Muitas vezes, ainda mais rapidamente do que poderia desejar uma argumentação teológica. Nos últimos sete anos, houve 18 ataques islâmicos com mortes em solo francês”, num total de 263 pessoas vitimadas pelas balas ou pelas lâminas afiadas do Islã radical.
Padre Danziec conta que já foi chamado por duas ou três vezes de fundamentalista, em seus quinze anos de batina. “Todas as vezes, sorridente e brincalhão, procurava responder de maneira descontraída: “Se fundamentalista significa viver completa e radicalmente sua fé, creio, infelizmente, que ainda estou longe de ser. No entanto, acredite, eu trabalho para isso todos os dias.”
A verdade, segundo ele, é que o fundamentalismo depende de cada religião: “O cristão, a quem chamam de fundamentalista, não tem sangue nas mãos. De seu léxico não consta a palavra atentado”.
Fundamentalista, para o padre Danziec, “é todo cristão que se esforça por viver plenamente sua fé, vai à missa no domingo de manhã e organiza sua agenda para levar os filhos ao catecismo na quarta-feira. É todo cristão que procura viver a fé integralmente, votando de acordo com os “princípios não negociáveis” que defendem a vida humana, e não de acordo com interesses comerciais. Ele rezará pelo repouso eterno da alma de Jacques Chirac ou de seu falecido tio, porque sabe que a vida eterna é um problema a ser resolvido e não uma compra. O cristão com convicções absolutas sai à rua para defender a família, o casamento cristão e certo modelo de sociedade. O leitor assíduo do Evangelho não se reconhece na lógica do mercado, preferindo o aconchego familiar ao desenraizamento globalista.”
“O cristão impregnado da Tradição da Igreja não está satisfeito com a fealdade generalizada e o desconstrucionismo do mundo atual. Desejosos de preservar seus filhos das teorias de gênero, do mandamento de “viver juntos” que ignora a realidade do pecado original, os fiéis de Cristo frequentam escolas independentes quando as escolas particulares não garantem mais essas exigências. Em suma, o cristão fundamentalista está sempre disposto a fazer sacrifícios: aceita a necessidade de matar-se de trabalhar, se for preciso para alimentar sua família (geralmente numerosa). De matar sua vida social para viver mais livre. Morrer para o mundo para seguir a Cristo e conquistar o Céu.”
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