Cristo na cruz

Jesus não responde à pergunta que Lhe foi posta no evangelho deste domingo. De nada nos serve especular sobre quantos serão salvos. O que precisamos saber é o que Ele nos diz hoje: como conseguir a salvação e a urgência de lutar agora, antes que o Mestre feche a porta.

Jesus é “a porta estreita”, o único caminho de salvação, o percurso que todos devem percorrer para entrar no reino do Pai (João 14, 6).

Em Jesus, Deus veio até nós — como prometeu na primeira leitura desta semana — para reunir as nações de todas as línguas e revelar-lhes a Sua glória.

Comendo e bebendo com os discípulos, ensinando-lhes em suas ruas, no Evangelho Jesus está lentamente fazendo o seu caminho para Jerusalém. Lá, a visão de Isaías se cumprirá: no monte santo, Ele será erguido (João 3,14), e atrairá a Si os irmãos de todas as nações para que O adorem na Jerusalém celeste, para glorificá-Lo por Sua bondade, como cantamos no salmo de hoje.

No plano de Deus, o reino foi proclamado primeiro aos israelitas e por último aos gentios (Romanos 1,16; Atos 3, 25-26), os quais vieram dos quatro cantos da terra para constituir, na Igreja, o novo povo de Deus (Isaías 43, 5–6; Salmo 107, 2–3).

Muitos, no entanto, perderão seu lugar na mesa celeste, adverte Jesus. Recusando o Seu caminho estreito, eles se debilitarão e se tornarão desconhecidos do Pai (Isaías 63, 15–16).

Nós não queremos estar entre aqueles de mãos pendidas e joelhos fracos (Isaías 35, 3). Portanto, devemos nos esforçar para entrar por essa porta estreita, que é um caminho de dificuldades e de sofrimento — o caminho do Filho amado.

Como a epístola desta semana nos lembra, pelas nossas provações é que sabemos como somos, verdadeiramente, filhos e filhas de Deus. Ao ser educados por nossas aflições, somos fortalecidos para seguir adiante, nesse caminho reto e difícil, afim de que possamos passar pela porta estreita e ocupar nosso posto no banquete dos justos.

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