O Ser supremo, que subiste a tudo que foi criado e será ainda criado no tempo, é perfeito. O amor Nele é absoluto, da mesma forma que são Nele absolutos a beleza, a bondade, a solidariedade, a inteligência e toda e qualquer qualidade que nós, humanos, possamos imaginar.
Deus não conhece o pecado porque para Ele o pecado não existe; Nele não há qualidades negativas, tudo é perfeição.
Se Deus é assim, porque vivemos num mundo onde existe a maldade, o feio, o pecado? Porque muitos dizem que o nosso mundo é um verdadeiro “vale de lágrimas”, onde o sofrimento é a marca característica?
Se Deus é perfeito, porque o mundo é imperfeito se foi criado por Ele?
Essa pergunta já foi discutida e continua sendo discutida pelas Igrejas, pelos teológos e filosófos.
Em primeiro lugar, a resposta tradicional é que Deus criou o mundo perfeito e o homem perfeito e deu a este último muitas das qualidade que Ele mesmo tem; daí a máxima: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança.
Entre as qualidades, a mais importante seguramente, foi a capacidade intelectiva, a capacidade de compreender e de discernir, saber qual caminho escolher. Esta qualidade chamamos de livre-arbítrio.
Deus nos deu esta maravilhosa qualidade mas dentro de nossas limitações. Podemos escolher seguir o caminho da perfeição, o caminho da beleza, do amor ou podemos abdicar destes caminhos e até mesmo criar caminhos que não fazem parte da natureza de Deus. Podemos escolher conscientemente nos afastar de Deus.
Quando abandonamos o caminho do amor, podemos escolher o caminho do ódio; quando abandonamos o caminho da beleza, podemos criar o caminho da degradação, do feio, do horrível. Em Deus nada disso existe, somente existe no mundo porque nós, humanos, os criamos.
O caminho de Deus é perfeito, luminoso, amoroso, pacífico. Neste caminho podemos nos manter e seremos felizes.
Ou podemos andar, por nossa absoluta escolha, nos caminhos escuros, naqueles caminhos que negam a natureza divina e trazem infelicidade e dor. Podmos decidir nos afastar de Deus e do seu amor.
É uma questão de escolha!
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