Para ouvir a homilia do Padre Paulo Ricardo, “A angústia redentora de Cristo”, clicar AQUI

 

  1. PRIMEIRA LEITURA DA MISSA (Jr 31,31-34)

 A promessa divina da “hora”

Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão, para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor.

“Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, — diz o Senhor: — imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de escrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor!’ Todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado”.

  1. SALMO 50

Os homens se preparam para a “hora”

(Antífona): Criai em mim um coração que seja puro!

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.

  1. SEGUNDA LEITURA DA MISSA (Hebreus 5,7-9)

A “hora” da obediência

Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus.

Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

  1. EVANGELHO (São João 12,20-33)

Foi para esta “hora” que eu vim

Naquele tempo, havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”.

Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer seguir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. Agora sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!”

A multidão, que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”.

Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

APROXIMA-SE A ‘HORA’(Comentário de Scott Hahn)

As leituras deste domingo estão cheias de expectativas. “Eis que virão dias”, diz o profeta Jeremias na primeira leitura. “Chegou a hora”, diz Jesus no Evangelho. A Nova Aliança que Deus prometeu a Jeremias se cumpre na “hora” de Jesus: em sua morte, ressurreição e ascensão à direita do Pai.

Os profetas predisseram que, com esta Nova Aliança, as tribos exiladas de Israel retornariam de todos os cantos da terra (v. Jr 31,1.3.4.7.8). Jesus também profetizou que sua Paixão reuniria os filhos dispersos de Deus (Jo 11,52). No entanto, no Evangelho deste domingo, Jesus promete que ele irá atrair para Si não só os israelitas, mas todos os homens e mulheres (Jo 12, 32).

A Nova Aliança é muito mais do que uma reivindicação política ou nacional. Como cantamos no salmo, é uma restauração espiritual universal. Na “hora” de Jesus, os pecadores de todas as nações podem retornar ao Pai e serem lavados de sua culpa, recebendo corações novos para amá-Lo e servi-Lo.

Jesus, ao dizer que será “levantado”, não se refere apenas à sua crucifixão já próxima (Jn 3,14-15). Isaías usa a mesma expressão para descrever como o Messias, depois de sofrer pelos pecados de Israel, seria levantado e grandemente exaltado (Is 52,2). Noutra parte, o termo se refere a como os reis seriam elevados acima de seus súditos (v. 1Mac 8,13).

Jesus, durante sua agonia, não rezou para ser salvo. Em vez disso, como lemos na epístola deste domingo, Ele se ofereceu ao Pai, na cruz, como uma súplica viva. Por isto, Deus lhe deu poder sobre o céu e a terra (Atos 2,33; Fl 2,9).

Aonde Ele foi, podemos segui-Lo, se nos deixamos guiar por Ele. Seguir Jesus significa odiar o pecado e o egoísmo presentes em nossa vida. Significa confiar na vontade do Pai: na lei que Ele escreveu em nossos corações.

A “hora” de Jesus continua na Eucaristia, onde unimos nossos sacrifícios ao Seu, entregando nossas vidas a Deus como um ato de reverência e obediência, confiando que Ele nos elevará para que possamos dar frutos de santidade.

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